sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

DEVEMOS AMAR O MUNDO?

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” (I João 2 : 15)

João nesse verso não está falando que não se deve freqüentar lugares não consagrados, estar com pessoas de fora da IGREJA

ou apreciar criações humanas que não tragam o nome de Deus estampado.

O mundo do qual ele fala pode ou não existir dentro dessas coisas, pois é um espírito, um conjunto de atitudes que contraria o evangelho e que habita o coração humano.

O mundo que não se deve amar é o pensamento humano corrompido.

A descrição que ele faz desse mundo que não se deve amar, demonstra isso:

“Porque tudo o que há no mundo, a CONCUPISCENCIA da carne, a concupiscência dos olhos e a SOBERBA da vida, não é do Pai, mas do mundo.” (I João 2 : 16)

Perceba que para dizer o que há no mundo ele não cita objetos, pessoas ou lugares e sim desejos excessivos(concupiscências), tanto da carne quanto dos olhos, além da soberba(orgulho).

Logo estar num lugar, ouvir uma música ou ter amigos não evangélicos não significa necessariamente amar o mundo, mas se além dessas coisas se amar a esses sentimentos ruins, aí se estará amando ao mundo.

Para saber quais os desejos que são ruins e fazem parte do mundo, deve-se usar o critério que aparece na descrição de João: o que há nesse mundo não provém do Pai.

Ora, para sabermos o que não provém do Pai, basta que conheçamos o que provém dele e para isso temos a Palavra.

“Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” (Tiago 1 : 17)

Todo sentimento que contraria o ensino do Evangelho é mundano e não deve ser AMADO, ainda que por fraqueza venha a ser praticado.

“Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” (Romanos 7 : 21)

O mundo(descrito no verso acima como mal) existe em qualquer coração, o cristão em transformação, porém, não deve amá-lo.

O segredo para quem quer deixar de amar o mundo é buscar o Reino de Deus e automaticamente isso gerará em nós o desamor ao anti-Reino que já está em nós:o mundo.

“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” (João 17 : 15)

[Aluízio Salvo]

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